The Wind, Cat Stevens

o vento entra pelo casaco. desce pelo pescoço e pára no peito. um arrepiozinho, que sobe até à nuca. o vento avisa-o para parar, ou então, diz-lhe que, "quem anda á chuva molha-se (ou se abriga, ou se tem coragem para dançar), quem anda ao vento..quem anda ao vento arrepia-se (ou volta para trás e espera que a ventania pare, ou então continua a caminhada, e ainda se dá uns pontapés nas folhas outonais caídas no chão...) e canta-se, canta-se muito.."

mas a música pára e por conseguinte ele também. olha para trás e vê que está longe. o arrepio já não é na nuca, é no peito e do lado esquerdo. como um velejeiro no meio do mar, só o vento é que o guia.

é então que a vê, e o vento faz sentido...

Shine on you crazy Diamond, by Pink Floyd

ontem foi noite de David Guilmour live in Gdansk, nos palcos da 2...este senhor parece que ainda tem 30 anos, na mestria dos dedos, na voz inconfundível, e nos olhos um misto de novidade, mas também de total segurança-aliada a uma experiência que poucos podem afirmar possuir-naquilo que esta a fazer e a sentir..mais um excelente concerto de um ex-Pink Floyd. pena a separação, fica a recordação...

Remember when you were young,

you shone like the sun.

Shine on you crazy diamond.

Fake empire, by the national

-Se houvesse apenas um xelim austríaco no mundo inteiro, que faria com ele? - perguntou ela, a acariciar pensativamente a barriga do cachorro.
-Ora, investia-o, é claro, minha querida. Que é que tu farias?
-Dava uma gorjeta a alguém - respondeu ela.

Um homem muito procurado, by John le Carré

Depois de 'O espião que veio do frio', vou ler este. o mais recente romance de espionagem do mestro le Carré. está chuva, ouço-a a cair, e nada melhor do que imaginar a europa que o mestre tão bem a sabe descrever, assim invernosa e cheia de segredos...

song to bobby, by Cat Power

i wanna tell you
i've always wanted to tell you
but i never had the chance to say
what i feel in my heart from the beginning til my dying day...
chan marchal no seu melhor, uma das minhas preferidas...parece que diz o que queremos dizer, do mesmo modo como o queremos fazer...

I Was Young When I Left Home, by Bob Dylan

Ó Corto, companheiro de tao perigosas e misteriosas aventuras. ao som de uma qualquer radio francesa que so passava jazz, naquele quartinho verde, cheio de (h)istórias e memórias. acompanhava-te pela noite dentro, ora no frio da siberia ou no calor sul americano.

a tua descontraçao e destemidez, aliada à elegância sempre caracteristica, faz de ti um herói intemporal, mas daqueles que só se fazem no teu tempo. deixas marca por onde passas e as pessoas nunca mais voltam a ser as mesmas. justiceiro imutável, prezas a liberdade, como a própria vida e fazes disso o teu mote de vida. marinheiro, a quem o destino marca a rota e te leva para mais uma épica aventura, naquele (neste) mundo caótico, onde nos 7 mares te orgulhas de teres uma mulher sempre á tua espera. rasputin sempre te disse, que as mulheres nao são de confiança...

quando te dencostares da porta e embarcares para mais uma viagem, posso ir contigo??

«there was dust on the man

in the long black coat.»

The Rain Song, by Led Zeppelin

Chegou o Inverno e com ele a rotina. acordo e as flores ainda não procuram o Sol. faz frio. aperto o casaco, encaixo o caderno debaixo do braço, esfrego as mãos e vou......á 4, 5 anos atrás, a rotina era semalhante. "naqueles tempos", os braços é que encaixavam na mochila pesadona e ia.mas ia contente, ia a correr para o carro. ia a correr para o colegio.agora parece que há falta de vontade. pior, ha falta de vontade de aprender.
gosto de apertar o casaco ate junto do pescoço e ouvir as guitarradas tristes do Page e a voz como que desesperado do Plant.

Free Bird, by Lynyrd Skynyrd

"nao quero viver num mundo sem catedrais. preciso da sua beleza e da sua transcendência. preciso delas contra a vulgaridade do mundo. quero erguer o meu olhar para o brilho dos seus vitrais e deixar-me cegar pelas cores prodigiosas. precioso do seu esplendor. preciso dele contra a suja uniformidade das fardas. quero cobrir-me com a frescura seca das igrejas. preciso do seu silêncio imperioso. preciso dele contra a berraria da parada da caserna e o arrazoar frívolo dos opurtunistas. quero escutar o eco ocêanico do orgão, essa inundação de sons subernaturais. preciso dela contra o chinfrim ridículo da musica de marcha. amo as pessoas que rezam. preciso da sua imagem. preciso dela contra o veneno insidioso do supérfluo e negligente. quero ler as poderosas palavras da bíblia. preciso da força irreal da sua poesia. preciso dela contra o aviltamento da linguagem e a ditadura das senhas. um mundo sem estas coisas seria um mundo no qual eu nao gostaria de viver."
pascal mercier, in 'comboio nocturno para lisboa'
foto:xé

Wild World, by Cat Stevens

3 da manha.............garrafas a voar...............catrapiimm!!!!!!!!.................. vidros no chao.............aqueles gajos sao uns animais................ò ossos, estes gajos tao-vos a chamar animais...............corre CORRE..............olha, este aqui tambem...............juro que nao disse nada...............tavas-me a chamar animal era??.............nao na..................um murro.................*********................. porque é que estou deitado???...................... nao disse nada, juro...................um pontape....................*********............... ele ta a dizer a verdade.................mais uma garrafa ao chao................estes gajos nao devem gostar de garrafas só pode.......................baza daki rapido

e os leões sem fazerem nada.........

The First Time, by U2

Um dia vou escrever o que penso, o que me apetecer. Hoje é o dia...como é a primeira vez, nao sei o que vou fazer, dizer, escrever, seja o que for.... tou um tanto ao quanto atarantado!!!