quarta-feira, 13 de maio de 2009

Procissão, por João Villaret

Enquanto tinha o andor apoiado no ombro, vi uma moeda no chão, e não me conseguia baixar para apanhá-la. No fim de tudo, quando a ia buscar, vi uma mãe a apanhar a moeda e a mostrar à filha, com um ar de felicidade. Há qualquer coisa nestas duas cenas. Parece o primeiro ano da faculdade. Um peso enorme aos ombros, tentar alcançar o nosso objectivo, e no fim, para além de não conseguirmos, ainda somos ultrapassados, por alguém que não carregava o mesmo peso que nós. A vida também é assim um bocadinho não é?

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